Pequenos negócios devem ficar atentos a falência e recuperação

As micro e pequenas empresas lideraram os pedidos de falência e recuperações judiciais em julho de 2019, com crescimento de 131% em comparação com o mesmo período do ano passado. As informações são de indicador divulgado recentemente pela Serasa Experian. No total, os pequenos empreendimentos tiveram 120 requisições em 2019, enquanto em 2018 o número foi de 52.

Para o gerente-geral da plataforma para microempreendedores Azulis, Daniel Miranda, “o aumento de pequenos negócios que fecham as portas, ou que estão perto disso, acompanha também o crescimento dos empreendimentos no Brasil”.

“Foram mais de 1,5 milhão de pequenas empresas criadas no primeiro semestre deste ano. As pessoas estão arriscando mais, indo atrás de seus sonhos, e isso acaba se refletindo também na quantidade das empreitadas que dão errado”, afirma Miranda.

De acordo com a análise da Azulis, realizada com base nas estatísticas do governo relacionadas ao Simples Nacional, de junho de 2018 a junho de 2019, em tono de 49% dos Microempreendedores Individuais (MEIs) deixaram de pagar ou atrasaram o pagamento do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS).

Dicas do especialista:

  1. Pague os impostos em dia – Os Microempreendedores Individuais (MEIs) devem contribuir para o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), via tributária especial, com vencimento em todo dia 20 do mês. O DAS pode ter três valores diferentes dependendo da área de atuação do empreendedor: comércio ou indústria (R$ 49,90 ou R$ 50,90), prestação de serviços (R$ 54,90) e comércio e serviços (R$55,90). Para pagar o DAS existe o Programa Gerador de DAS do Microempreendedor Individual (PGMEI), portal de acesso de informações tributárias para MEIs. Contudo, há grandes chances do empreendedor, imerso no dia-a-dia corrido de trabalho, esqueça de acessar o site e gerar o boleto. Para simplificar esse processo, a plataforma da Azulis criou um lembrete DAS, que é enviado via sms, já com o código do boleto para todos que se inscreveram gratuitamente.
  2. Atenção aos custos fixos – Ao abrir um negócio, o empreendedor precisa estar ciente de que não pode gastar todo o dinheiro que recebe das vendas de seus produtos ou serviços. Isso porque todas as empresas têm custos. Eles podem ser os mais variados, a depender da natureza do negócio, mas apenas para citar alguns: aluguel de ponto de venda, compra de matéria-prima e suprimentos, reparos na estrutura do local, divulgação etc. É necessário estar sempre atento aos valores desses gastos e deixar sempre uma reserva para eventuais emergências. Assim como na vida pessoal, o planejamento financeiro da empresa deve ser prioridade para os empreendedores em qualquer estágio.
  3. Cuide da gestão empresarial – Balanço Patrimonial, Demonstrativo de Fluxo de Caixa e o Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE) integram o grupo de documentos indispensáveis para gestão empresarial responsável e eficiente, além de ajudarem a avaliar a saúde financeira de qualquer empreendimento, independentemente do seu porte ou setor de atuação no mercado. É importante acompanhá-los!

Fonte: Jornal do Comércio